
Conhecer os tipos de diesel é essencial para uma boa e eficiente gestão de frotas. Além da diferença de preço, existem outras disparidades entre eles que podem afetar diretamente o desempenho dos veículos e os impactos ambientais.
O Conselho Nacional de Meio Ambiente regula a emissão dos gases poluentes liberados pelos postos e usinas brasileiras desde 2002. A medida surgiu como uma maneira de deixar a produção dos tipos de diesel mais sustentável e menos poluente ao planeta. Em 2019 foi estabelecido o mínimo de adição de 11% de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final.
O óleo diesel “metropolitano” é o tipo utilizado em lugares com grandes frotas, como capitais, onde é necessário maior controle de emissão de gases poluentes. Já o tipo “interior”, utilizado nas demais regiões, mais poluente por possuir uma porcentagem maior de enxofre.
O óleo diesel é o combustível mais utilizado no país. Tratores, caminhões, automóveis de passeio, furgões, embarcações marítimas, locomotivas e navios são alguns dos veículos automotores que utilizam o diesel, e por serem muito diferentes entre si, exigem tipos de diesel diferentes para funcionarem da maneira adequada.
Os tipos de óleo diesel
Ao todo, existem cinco principais tipos de diesel que estão disponíveis no mercado:
Diesel S-500 ou diesel comum: é um dos mais utilizados no Brasil, principalmente devido ao baixo custo. Mesmo sendo o mais acessível financeiramente, não é a opção ideal em todos os casos, uma vez que traz alguns problemas. O que diferencia os tipos de diesel é a concentração de enxofre em suas composições. No caso do S-500, ela é de 500 mg/kg (ou 500ppm). Além de poluir mais, o S-500 facilita o acúmulo de resíduos no motor, reduzindo sua eficiência. Além da alta concentração de enxofre, seu índice de cetano é menor. Quanto menor esse número, pior é a ignição do combustível, o que significa que ele é mais difícil de ser queimado, resultando em desperdício e mais consumo. O S-500 é recomendado apenas para veículos fabricados antes de 2012.
Diesel S-10: para veículos fabricados após 2012 é indicado o diesel S-10. Por possuir menor concentração de enxofre em sua composição, esse tipo de diesel deixa menos resíduos no motor, aumentando a sua vida útil.
Outro detalhe importante é a elevada concentração de hidrogênio no diesel S-10. Essa característica permite maior capacidade de eliminar sedimentos de sujeira que se acumulam no tanque, reduzindo o risco de problemas em componentes como bombas de combustível. Mesmo sendo mais caro, o melhor desempenho o torna uma boa forma de economizar.
Diesel S-50: o S-50 foi concorrente do S-500 por um bom tempo. Seu índice de cetano era superior ao do S-10 e possuía um bom custo-benefício, além de ser bem mais limpo. Mesmo assim, com o aprimoramento da tecnologia e a preocupação em utilizar combustíveis cada vez mais eficientes e menos nocivos à natureza, ele foi retirado de circulação. Aos poucos, foi substituído pelo S-10 até que desapareceu das bombas de combustível do país.
Diesel S-1800: é um dos tipos de diesel mais poluentes do mercado, possuindo um altíssimo grau de enxofre em sua composição — 1800 mg/kg. É destinado apenas para o setor de mineração, que atua com trens e termelétricas. A utilização desse tipo de diesel em veículos da malha rodoviária é proibida no Brasil.
Diesel extra-aditivado: esse tipo de diesel possui em sua composição substâncias que são capazes de limpar e remover as sujeiras do motor ao longo do tempo de uso. Ao aplicar um combustível que evita o acúmulo de impurezas, a potência não se perde de forma tão rápida. Esse tipo de diesel custa um pouco mais, porém contribui na manutenção de veículos de frota.